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Introdução Alimentar – 3 aspectos importantes

Atualizado: 30 de ago. de 2022

Quando começar?

A introdução alimentar é um momento muito esperado e de muitas expectativas pelas famílias, mas é importante ter cuidado na hora de iniciar essa nova fase.

Não é só ter 6 meses de vida que a introdução alimentar está liberada. É preciso ainda garantir que os outros sinais de prontidão estejam presentes. São eles:

- Diminuição do reflexo de protrusão da língua (quando o bebê passa a colocar menos a língua para fora, facilitando a mastigação e deglutição do alimento);

- Conseguir ficar sentado sem apoio, com boa sustentação do pescoço (favorecendo a deglutição e diminuindo os riscos de engasgo);

- Demonstrar interesse pelos alimentos (o bebê observa e acompanha a alimentação da família demonstrando interesse pelos alimentos, chegando até a querer pegar o alimento),

- Leva objetos à boca (o bebê passa a aprender a mexer nos seus brinquedos e objetos, sendo capaz de levar até sua boca).

É sempre bom lembrar que os sinais de prontidão estão ligados a etapas de desenvolvimento motor da criança e não necessariamente respeita uma idade específica. Cada bebê é único e tem seu tempo para começar cada fase nova de sua vida!


Métodos – existe um melhor?

O método tradicional é aquele que o cuidador oferece os alimentos amassados em uma colher para o bebê.

No BLW/BLISS, os alimentos são oferecidos em palitos ou pedaços seguros para que o bebê pegue com as mãos.

E o método participativo, é a mistura dos dois anteriores. Alguns alimentos podem ser oferecidos pelo cuidador e outros estarem disponíveis para o bebê pegar com as mãos. A colher também pode estar acessível para o bebê.

É importante esclarecer que não existe o melhor método para a introdução alimentar, mas sim qual se adapta mais para cada família!

Quantidade x qualidade x consistência

Sabendo que a introdução alimentar é um momento de aprendizado e apresentação dos alimentos; que até 1 ano de idade, o leite (materno ou fórmula infantil) ainda é o principal alimento, e da pequena capacidade gástrica do bebê, deveríamos nos preocupar menos com a quantidade.

Mas, para um “norte inicial”, o Ministério da Saúde sugere iniciar com 2 colheres de sopa aos 6 meses e aumentar a quantidade conforme aceitação.

Segundo o conceito de divisão de responsabilidades na alimentação, descrito pela nutricionista americana Ellyn Satter, nossa função como pais/cuidadores é oferecer alimentos saudáveis, um ambiente confortável e seguro, e determinar o horário das refeições. A criança que deve determinar a quantidade e o que comer.

É importante que o prato do bebê seja composto por um alimento de cada grupo alimentar:

1 – arroz ou milho ou macarrão ou tubérculo (batata, cará, inhame, mandioca, mandioquinha);

2 – leguminosa (ervilha, feijão, grão de bico, lentilha);

3 – proteína animal (ovo, carne, carne de porco, frango, peixe);

4 – vegetal preferencialmente verde escuro (espinafre, couve, brócolis etc),

5 – legume (abóbora, beterraba, cenoura, chuchu etc).

Já em relação a consistência, não é mais recomendado bater, liquidificar ou peneirar os alimentos na introdução alimentar. Os alimentos devem ser apenas amassados com o garfo ou no caso do BLW, serem cozidos ao ponto que a criança consiga esmagar o alimento entre a língua e a gengiva, ou que conseguimos amassar com os dedos, sem fazer muita força.

Além disso, os alimentos devem ser oferecidos separados e deve ocorrer uma progressão gradual de texturas conforme a idade e mastigação.


Dito tudo isso, curta essa nova fase junto com seu bebê! Deixe-o explorar os alimentos e se deliciar conhecendo esse novo mundo de sabores!


@nutricaomaternaeinfanfil




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