Relato de Parto|Larissa Lacerda, mãe do Murilo
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Relato de Parto|Larissa Lacerda, mãe do Murilo

Murilo nasceu dia 28 de agosto de 2018, às 3h35.


Esse é o 'grand finale' do início da história do relato de parto que começa com contrações espaçadas alguns dias antes. Contrações tranquilas, mas minha cabeça estava com aquela pergunta "será que é agora?" e toda ansiedade que vem com ela.


Coração mais tranquilo, contrações mais intensas, mais regulares e dia 27 a bolsa rompeu, bem na hora do almoço. Resolvemos almoçar, arrumar as coisas, tomar banho... nossa enfermeira obstetra Nilza chegou, me examinou, falou com médico, tudo certo. Algum tempo depois fomos para o hospital com 4cm de dilatação para eu ser examinada pelo médico. Algumas etapas do plano de parto que nós tínhamos feito começou a precisar ser adaptado.


Ficamos no quarto da maternidade e foi muito bom ter ficado lá para eu me apropriar desse espaço e sentir, através da vocalização, como esse espaço agora seria o meu espaço. Uma lua cheia, a mais linda que já vi em toda minha vida. Eu e meu marido quase que sem acreditar que nosso filho já estava quase pra chegar. Ficamos um tempo juntos nessa varanda do quarto, a céu aberto. Trabalho de parto começou. Contrações, bola, vocalização, massagem, companheirismo, conexão...


Não lembro de muitos detalhes, mas lembro que a dilatação não estava progredindo. Mas eu decidi continuar tentando. Comecei a receber ocitocina e as contrações foram ficando mais fortes. Lembro que senti dor, mas não sofrimento. No meio do caminho senti um medo inexplicável, chorei, pedi pra rezar. Médico, enfermeira, eu, meu marido, minha mãe, de mãos dadas e senti força de novo. Vou tentar mais, meu marido "estou 100% confiante", então vamos. Fiquei completamente envolta no que estava acontecendo com meu corpo, percebendo, sentindo e vivenciando aquele momento. Sem a menor noção de quanto tempo estava durando. Começou algumas complicações e tomamos a decisão de ir para cesárea. Após 14h entre rompimento da bolsa até Murilo nascer. Deitei na maca e a caminho do centro cirúrgico eu não pensei em nada, só que meu filho estava chegando. A cesárea mais humanizada que eu poderia ter tido, muita emoção, aquele chorinho com as mãozinhas passando a mão no meu rosto. Pele com pele, peito, colo e muita emoção...

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