Feminino e Masculino no Parto
Atualizado: 30 de ago. de 2022
Toda espécie do planeta Terra possui mistura de código que a definem (mais conhecido como DNA).
Os nossos ancestrais começaram a proteger seus corpos com a pele de animais há milhares e milhares de anos. Isso foi evoluindo ate a produção de tecidos, em primeiro lugar é necessário ter as fibras em filamentos e linhas, e isso é feito por meio de máquinas que as enrolam. Conforme esse material é torcido, ele vai sendo armazenado em bobinas que, mais tarde, serão colocadas em um tear. Ele, por sua vez, entrelaça os filamentos e os transforma em panos.

Eu acredito que para existir um parto, antes houve uma mistura de dois DNA (masculino e feminino) gerando um bebê. O bebê recebe 50% da carga do pai e 50% da carga genética da mãe.
É a primeira forma de se honrar o masculino e o feminino.
Os impulsos elétricos dialogam com cada célula, trocando informações entre si. As células se agrupam formando uma teia de comunicação gigantesca e assim formam a matéria.
As células se reúnem criam uma forma, se deformam e formam novamente.
O tempo da legitimidade para nossa existência, o tempo que passou prova nossa existência, sem o tempo não saberíamos sobre nosso passado.
A ignorância traz o caos não o conhecimento.

As mudanças das marés, as fases da lua compõem a transformação do tempo. Logo não há verdade absoluta, e tudo é passível de evolução.
Se pensarmos no sentido da vida, desde o princípio o desenvolvimento da primeira célula que se dividiu em 2, o proposito da vida tem sido passar a diante o que se aprendeu ao longo do tempo.
Em qualquer espécie fisiologicamente falando existem diferenças, hormonais, físicas.
Nenhuma espécie é melhor ou pior, cada um tem sua função.
Quando há uma comunicação equilibrada do masculino e do feminino levado ao parto, traz uma sintonia mega importante para a evolução do parto, seja mental, mecânica e hormonal.
O homem ou o masculino, traz energia ativa, ação de ir para o mundo, vontade para conquistar, o caçador.
A polaridade do masculino levado ao parto leva coragem a mulher, traz força nos momentos em que pensa em desistir. A energia masculina leva para vida, para os riscos, tentar, errar, tentar novamente, medidas necessárias para evolução.
O feminino ou a mulher doa seu corpo para gerar, fornece o alimento no útero. É um elemento de aceitação do que a vida nos dá. O feminino serve leite, protege a prole, oferece sua vida para sobrevivência da prole. A energia do cuidar. Proteger para sobreviver. Carregamos na memoria celular a indefesa de nossa espécie de milhões e milhões de anos atrás, dando sentido a nossa preservação.
Quando desequilibramos o masculino ou feminino, estamos ferindo uma parte do bebê. É importante honrar o masculino e feminino, pois será a base da evolução do indivíduo. Não é mentir, é não desvalorizar. No código do DNA do bebê, já esta marcado a ancestralidade tanto do masculino quanto do feminino.
Todos temos os pais que precisamos ter, sem julgamento. A retribuição pela vida que recebemos dos pais, é sermos melhores conosco e consequentemente com o mundo.

A proteção da mãe e a permissão do pai nos mantém no fluxo da vida e em constante evolução.
A vida é um equilíbrio quando alteramos um dos lados o meio rompe. A vida existe a bilhões de anos precisamos saber o que fazer e não sobrepor mulheres ou homens.
Loucura, loucura, mas afinal o que é normal?
O atendimento convencional do parto, a princípio parece organizado e seguro, mas não significa a representação da individualidade de todos. O parto humanizado respeita o indivíduo, sua fisiologia natural e segurança para uma experiência extraordinária.
Para finalizar, nossa história já houve decisões que hoje julgamos como absurdo, mas através do tempo os códigos atualizaram, multiplicando-se e a comunicação celular nos melhora a cada dia como espécie.

O DNA do parto é a honra do feminino e masculino na nossa espécie.