Quando fazer a mamografia
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Quando fazer a mamografia

Atualizado: 14 de dez. de 2023

O câncer de mama é o segundo câncer mais comum no mundo e quando diagnosticado precocemente (primeiro estágio) tem chances de sobrevida de cerca 88%. A mamografia é o exame de escolha para auxiliar nesse diagnóstico. Quando devemos realizar?

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A pergunta para essa resposta é: depende. A sociedade brasileira de mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) orientam que a mamografia seja feita a partir dos 40 anos e anualmente. Alguns estudos evidenciaram que essa abordagem seria capaz de diminuir em até 30% o número de mortes provocadas pelo câncer de mama.


Já o Ministério da Saúde orienta que seja feito a partir dos 50 anos aos 69 anos e bienalmente, pois mesmo com esses benefícios citados acima, poderíamos aumentar o número de biópsias desnecessárias, diagnóstico de patologias que não mudariam o curso de vida da mulher (overdiagnose), a realização de tratamentos dispensáveis e a exposição aos Raios X, além de aumentar os gastos com saúde pública.


As pacientes com alto risco*¹ devem começar o rastreamento 10 anos antes do evento ou entre 30-35 anos, podendo associar ou não a ressonância nuclear magnética. Outras pessoas que devem fazer esse exame são as pacientes que apresentarem os sinais e/ou sintomas abaixo:

  • Qualquer nódulo mamário em mulheres com mais de 50 anos.

  • Nódulo mamário em mulheres com mais de 30 anos, que persistem por mais de um ciclo menstrual.

  • Nódulo mamário de consistência endurecida e fixo ou que vem aumentando de tamanho, em mulheres adultas de qualquer idade.

  • Descarga papilar sanguinolenta unilateral.

  • Lesão eczematosa da pele que não responde a tratamentos tópicos.

  • Homens com mais de 50 anos com tumoração palpável unilateral.

  • Presença de linfadenopatia axilar (íngua).

  • Aumento progressivo do tamanho da mama com a presença de sinais de edema, como pele com aspecto de casca de laranja.

  • Retração na pele da mama.

  • Mudança no formato do mamilo.


O diagnóstico em estágios iniciais diminui a necessidade de tratamentos mais agressivos, com menos efeitos colaterais, além de aumentar a qualidade de vida e as taxas de cura.


Como pacientes de alto risco para câncer de mama, entende-se:

  • Mulheres com mutação ou com parentes de 1º grau (lado materno ou paterno) com mutação comprovada dos genes BRCA 1/2, ou com síndromes genéticas como Li-Fraumeni, Cowden e outras.

  • Mulheres com história familiar de pelo menos um familiar de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama em idade < 50 anos; ou com diagnóstico de câncer de mama bilateral; ou com diagnóstico de câncer de ovário, em qualquer faixa etária; ou homens, em qualquer grau de parentesco, com diagnóstico de câncer de mama.

  • Mulheres com história de radiação torácica (radioterapia torácica prévia) antes dos 30 anos.

  • Mulheres com história pessoal de câncer de mama.

O câncer de mama permanece como uma doença obscura, muito prevalente em que a detecção precoce ainda é a chave para um tratamento bem-sucedido.

Por isso, não deixe de fazer sua mamografia, converse com seu médico para avaliar a melhor abordagem para você.





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