Períneo feminino: como prepará-lo para o parto normal?
top of page

Períneo feminino: como prepará-lo para o parto normal?

Você sabe o que é o períneo feminino e como prepará-lo para o parto? Confira no artigo informações sobre o tema e recursos disponíveis. Acompanhe nosso blog para mais novidades!

Fonte da Imagem: Freepik

No mundo inteiro, em torno de 140 milhões de nascimentos acontecem todos os anos. E os benefícios do parto normal para a mãe e para o bebê já foram comprovados cientificamente.


O parto é um evento fisiológico e natural e, na maioria das vezes, ocorre sem complicações. Entretanto, nos últimos anos, ampliaram-se as intervenções clínicas durante o seu processo. A gradual medicalização do parto influencia negativamente a experiência da mulher. E acaba expondo o períneo feminino a lesões e traumas.


Mas há uma boa notícia: cada vez mais gestantes procuram apoio para vivenciar um trabalho de parto sem interferências! Como resultado, assim como as recomendações nutricionais e posturais, cuidar do períneo ganhou mais relevância.


Mas você sabe como isso pode ser realizado? Então, acompanhe o artigo e confira o que é períneo feminino, as modificações durante a gravidez e as formas de prepará-lo para o seu parto! Boa leitura!


Períneo feminino: anatomia e função

Vamos começar definindo o que é o períneo.


Períneo Feminino
Fonte: uroginecologia.facafisioterapia.net/

Períneo, anatomicamente, é a região situada na parte inferior da pelve. É formado por um conjunto de músculos denominados assoalho pélvico; e por tecidos (fáscias e ligamentos), além de ser ricamente inervado e vascularizado.


O períneo feminino localiza-se entre e vagina e o ânus. E a sua integridade garante importantes funções, como: sustentação dos órgãos da cavidade pélvica, contrações vaginais e retais, estabilidade da postura em pé e sexualidade.


Você sabe o que evita o escape de urina durante o ato de tossir, rir ou espirrar? Exatamente: a atividade dos músculos do períneo! Suas ações automáticas são responsáveis por manter a continência urinária.


A musculatura perineal também contribui para a passagem do bebê durante o parto normal. E as contrações no momento expulsivo são naturais.


Variações da posição deitada, como a posição lateral ou quatro apoios, ajudam a aliviar a sobrecarga do assoalho pélvico durante o trabalho de parto. É como se fosse uma proteção: a pressão do neném não vai diretamente em direção à musculatura perineal.


Conhecer o períneo feminino colabora para experiências positivas durante a gestação. E facilita o entendimento sobre as alterações esperadas durante a gravidez.


E por falar nisso, o que acontece no período gestacional?


A gestação e o trauma perineal

No decorrer da gestação, ocorre uma sequência de mudanças fisiológicas e biomecânicas. O corpo da mulher sofre adaptações que permitem o acolhimento do bebê e a preparação para a hora do parto.


A ação hormonal é bastante presente e cada hormônio tem a sua função. Por exemplo, a relaxina é a responsável pelo aumento da frouxidão das articulações e ligamentos. E distende o útero conforme o crescimento do neném.


A musculatura do períneo passa a ser cada vez mais exigida, de acordo com o aumento do peso abdominal. O centro de gravidade desloca-se anteriormente e resulta no aumento da curvatura da coluna.


Esses fatores explicam o desconforto das futuras mamães durante a gravidez!

A sobrecarga do períneo feminino cresce ainda mais no segundo trimestre gestacional, mantendo-se até o momento do parto. O trabalho de parto necessita do uso intenso dos músculos respiratórios, do assoalho pélvico e do abdômen.


Todas essas mudanças acabam expondo o períneo a lesões. Esses traumas podem acontecer por um alongamento muscular excessivo, na passagem do bebê pelo canal vaginal. Ou pela realização de algumas intervenções, como a episiotomia, cujo uso rotineiro não é recomendado.


O trauma perineal não afeta apenas o bem-estar físico, mas influencia a percepção da mulher sobre sua identidade e autoestima.


E o que fazer para preparar o períneo para o parto? Falaremos disso no próximo post que sairá na quarta (23/02).


Texto por Mônica Mello em parceria com Liris Wuo.





7.292 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page